Já não é novidade que Lisboa, a capital de Portugal e recentemente vencedora do prémio de melhor capital europeia, guarda os seus pequenos tesouros e, claro, os miradouros nunca ficaram ao lado nem dos turistas nem dos habitantes locais. Afinal de contas, são pontos altos que nos fornecem uma ótima perspetiva das diferentes facetas da cidade!

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  Apanhando o comboio na linha de Azambuja, saímos (eu e um grupo de amigos) na estação do Areeiro começando aí a grande jornada que teríamos pela frente! Iniciámos assim o nosso percurso, sempre feito a pé, até ao Miradouro da Penha de França. Ainda que tivéssemos o GPS na mão, acabámos por andar cerca de 1km perdidos o que, aliás, foi motivo de risos. Depois de uma íngreme subida que não parecia ter fim, avistámos finalmente o miradouro, onde passámos os próximos minutos entre apreciarmos a paisagem, tirarmos algumas fotografias e descansarmos. Contudo, o esforço inicial para aquecer os músculos, valeu muito a pena!

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  Daí partimos à descoberta do Miradouro da Nossa Senhora do Monte que, na minha opinião, foi dos melhores! As grades preenchidas com cadeados e a sombra fornecida pelas árvores criaram um ambiente fantástico e propício a um excelente convívio!

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  Deste local até ao Miradouro da Graça, que se encontrava de seguida na nossa rota, foi um tirinho, ainda por cima quando se faz a descer! Este, apesar de se encontrar com algumas obras, não deixa de ser um espaço agradável, com uma ótima esplanada e uma bonita paisagem. Não tive a oportunidade de ver o pôr do sol de lá, mas testemunhos dizem que é, de facto, inesquecível, pelo que fica a sugestão. 

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  Por esta altura a fome já se começava a sentir, pelo que optámos por comer naquela zona, recuperando forças para irmos até ao Miradouro das Portas do Sol que se encontrou um pouco mais longe e mudando mesmo a perspetiva sobre a cidade. Agora o Tejo e o porto de cruzeiros de Lisboa (também vencedor do melhor porto de cruzeiros da Europa) serviram de pano de fundo. Este miradouro é destacado pela sua modernidade em relação com os restantes e pela sua excelente zona de convívio e conforto (mas já lá vamos!).

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  Seguiu-se o Miradouro do Recolhimento, um pouco mais difícil de se encontrar, tendo-se mesmo de passar por dentro de um parque infantil para lá se chegar! Todavia, confirma-se que é um espaço recolhido e convidativo ao relaxamento! Com dois largos degraus, torna assim possível o descanso das pernas que já se começavam a ressentir dos quilómetros feitos e do calor sentido.

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Não ficámos muito tempo no local, devido à pouca presença de sombras, pondo assim pernas ao caminho até ao Miradouro de Santa Luzia. Este, muito conhecido e característico, conta com alguns jogos de azulejos na sua decoração, várias plantas e bancos que permitem uma dispersão das pessoas e o melhor aproveitamento do espaço.

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Daqui decidimos voltar ao Miradouro das Portas do Sol (já que ficava em caminho) e descansar na sua enorme esplanada, caracterizada pela presença de toldos e inúmeros sofás, cadeirões e pufs. Demorámos o nosso tempo e partimos para o último miradouro, o Miradouro de Santo Estêvão, no qual não tivemos muito tempo não chegando mesmo a tirar fotografias para recordar. Apesar de ter uma boa zona de sombra, a vista sobre a cidade não é tão explícita, pertencendo à zona de Alfama. Daí foi sempre a descer o bairro até chegarmos ao porto de cruzeiros e até pormos os pés a caminho da Estação de Santa Apolónia, onde demos o nosso dia por terminado! 

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  Os cerca de 14km percorridos valeram o esforço e o convívio que se sentiu foi inesquecível! Aconselho a quem goste de boas caminhadas e paisagens esta rota, podendo mesmo adicionar mais miradouros à mesma. Contudo, não sejam demasiado ambiciosos e aproveitem cada momento, cada detalhe! Levar água é essencial (especialmente se for durante o verão) e o protetor solar também pode ser necessário. Sobre o Miradouro das Portas do Sol fica o destaque dos preços serem exuberantes. De resto, só me falta alertar para a presença de imensos tuk tuks (e atenção que os elétricos não se ouvem!), pelo que devem permanecer nos passeios, mesmo nas ruas mais estreitas e pequenas!

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De facto, foi um dia muito bem passado!

Inês Lourenço

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