Quando eu comecei o meu Bullet Journal em março de 2018, os meus amigos iam vendo o progresso e comentários como “oh deus… como é que consegues?”, “haja paciência!” ou “eu jamais conseguiria fazer isso” foram surgindo. Percebi que, por mais que tentasse explicar às pessoas que o meu Bullet Journal (BuJo) não seria o delas, a tarefa era complicada. Por isso, achei por bem voltar ao início, ao básico, ao tradicional.

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  Ryder Carroll foi o criador deste método de organização incomum e escreveu o livro “O Método Bullet Journal” onde explica, como se diz em bom português, tim-tim por tim-tim do que se trata este método. O contexto, a história, a técnica, a prática, tudo compilado neste fantástico livro.

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  Numa possível explicação do que é o método, o Bullet Journal é uma forma de “Registar o Passado, Organizar o Presente e Planear o Futuro”. E agora dizem “Oh! Isso não é assim tão simples! E aqueles desenhos e todas aquelas coisas bonitas?”. Pois é… Nada disso é a base do BuJo, mas vamos por partes. Registar o Passado – o BuJo permite-nos que dia após dia registemos as memórias que queremos um dia recordar, sejam boas ou más; permite-nos guardar a nossa história seja num simples registo diário ou num spread dedicado a estes momentos marcantes; Organizar o Presente – esta é capaz de ser a parte em que mais se assemelha a uma agenda, visto que nos permite organizar tudo o que precisemos, desde eventos, a tarefas, a anotações ou mesmo quando precisamos de organizar um evento especial (um casamento, por exemplo!); Planear o Futuro -  objetivos que queremos atingir a curto, médio e longo prazos são o combustível para o nosso dia e, por isso, devem de estar registados no BuJo. Tudo isto porque o Bullet Journal permite-nos viver “uma vida com intencionalidade”, onde focamos a nossa energia e tempo nas coisas que realmente os merecem, “eliminando distrações”.

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  Falando mais acerca do livro, este está compartimentado em quatro partes:

 

- Parte I: “A Preparação” – o autor conta-nos um pouco da sua história, de como criou este método e como os aplicativos têm imensas falhas;

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                - Parte II: “O Sistema” – sem margem para dúvidas, Ryder Carroll explica como funciona todo o sistema de forma detalhada;

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                - Parte III: “A Prática” – como começar a técnica para que atinjamos os nossos objetivos (é aqui que começamos a ser convidados a refletir na nossa vida e no que realmente queremos fazer dela, com todas as ferramentas e exercícios que o autor nos proporciona);

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                - Parte IV: “A Arte” – aqui é onde a forma se junta à função e são apresentados alguns exemplos de como o Bullet Journal se pode, eventualmente, tornar numa obra de arte (se o dono assim o desejar!).

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  Para além de ter adorado todo o livro e a forma como está organizado, recebeu pontos extra na minha consideração quando são apresentados vários testemunhos reais de pessoas que dão uso a este método bem como a própria história do surgimento deste método eficaz!

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  O meu conselho é: se não tens um Bullet Journal, mas tens interesse em saber mais sobre o mesmo, lê o livro. Vais ficar mais esclarecid@ e quem sabe não começarás um! Se, por outro lado, já utilizas este método (como foi o meu caso), a leitura das palavras do criador faz repensar em como utilizamos o nosso BuJo e faz-nos voltar a pôr os pés no chão para que nunca nos esqueçamos da origem do método e das suas principais funcionalidades!

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  Há 1 ano e 9 meses que utilizo este método em detrimento de todas as agendas que comprava e não me posso sentir mais grata, porque realmente faz-me focar nas coisas certas, dá-me motivação e é o meu escape sempre que preciso! Acreditem, o Bullet Journal é também uma boa terapia! E que terapia custa menos que um caderno e uma caneta?

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Inês Lourenço

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